O cheio de um copo

Chegava a casa, abria a cancela, chegava à casa, desapeava do cavalo, chegava em casa. A felicidade é o cheio de um copo de se beber meio-por-meio; Doralda o esperava. Podia estar vestida de comum, ou como estivesse; era aquela onceira macieza nos movimentos, o rebrilho nos olhos acinte, o nariz que bulia - parecia que a roupa ia ficando de repente folgada, muito larga para ela, que ia sair de repente, risonha e escorregosa, nua, de dentro daquela roupa.

Noites do Sertão, João Guimarães Rosa





<< Home