A vida e os livros
[resposta possível ao repto da Shyznogud]
1. A Bíblia - tentativa de leitura tardia; a história parece que é interessante; o texto é fastidioso; prefiro o filme.
2. A Nossa Vida Sexual, Fritz Kahn - leitura às escondidas na adolescência; as imagens são pouco realistas; faltava-lhe um kit para as aulas práticas.
3. Os Miseráveis, Victor Hugo - li os oito (ou seriam cinco?) volumes de uma edição do Círculo de Leitores, numas férias de Verão; tive pesadelos por causa dele quando andei de metro pela primeira vez em Paris; não senhor, não prefiro o musical (nunca vi, nem quero).
4. Memorial do Convento, José Saramago - o livro que mais vezes tentei ler; o mais que consegui foi chegar à página 34; perdi sempre o fôlego por causa da falta dos pontos finais (ou seria das vírgulas?).
5. A Montanha Mágica, Thomas Mann - nunca li; pessoa amiga e confiável anda atrás dele há anos e eu ajudo; há anos que não há, seja nas livrarias, seja nos alfarrabistas; um fenómeno que me intriga.
6. O Suicídio, Emile Durkheim - nos tempos de faculdade, era a Bíblia de todas as ciências sociais; um sociólogo mostra como se faz a ciência estudando um tema bué da giro; nunca percebi a utilidade da coisa (também não percebo a utilidade da sociologia, mas isso é de outro inquérito).
7. O Nome da Rosa, Umberto Eco - achava graça aos ensaios do gajo, assim a dar para o modernaço (Apocalípticos e Integrados é um título do caraças), mas os romances são uma estucha altamente evitável; são bons para ler na praia - dá um ar intelectual, são grossos pelo que duram as férias todas e pode-se fingir que se lê, enquanto se catrapiscam as curvas da vizinha.
8. Office Passo a Passo - houve uma altura em que me deu para comprar umas coisas de informática que explicam em 900 páginas aquilo que se pode fazer intuitivamente em 5 minutos em frente ao computador; mais tarde aprendi outras formas de abrasar dinheiro.
9. Como Cuidar do Coração e das Artérias, Frank W. Cawood - comprei-o (diz na contracapa que custou 3.780 escudos, o que quer que isso seja...) quando descobri que sou um candidato a morte macaca, fulminante, mas muito civilizacional; nunca li; a prevenção não é o meu forte.
10. Lista Telefónica de Lisboa -todos os anos confiro se ainda lá tenho o nome impresso (mais que prova de vida, uma prova de estupidez...); nunca mais lhe pego; ultimamente, a gata deu-lhe para achar que é um bom sítio para dormir. Um livro que mudou a vida... dela.
1. A Bíblia - tentativa de leitura tardia; a história parece que é interessante; o texto é fastidioso; prefiro o filme.
2. A Nossa Vida Sexual, Fritz Kahn - leitura às escondidas na adolescência; as imagens são pouco realistas; faltava-lhe um kit para as aulas práticas.
3. Os Miseráveis, Victor Hugo - li os oito (ou seriam cinco?) volumes de uma edição do Círculo de Leitores, numas férias de Verão; tive pesadelos por causa dele quando andei de metro pela primeira vez em Paris; não senhor, não prefiro o musical (nunca vi, nem quero).
4. Memorial do Convento, José Saramago - o livro que mais vezes tentei ler; o mais que consegui foi chegar à página 34; perdi sempre o fôlego por causa da falta dos pontos finais (ou seria das vírgulas?).
5. A Montanha Mágica, Thomas Mann - nunca li; pessoa amiga e confiável anda atrás dele há anos e eu ajudo; há anos que não há, seja nas livrarias, seja nos alfarrabistas; um fenómeno que me intriga.
6. O Suicídio, Emile Durkheim - nos tempos de faculdade, era a Bíblia de todas as ciências sociais; um sociólogo mostra como se faz a ciência estudando um tema bué da giro; nunca percebi a utilidade da coisa (também não percebo a utilidade da sociologia, mas isso é de outro inquérito).
7. O Nome da Rosa, Umberto Eco - achava graça aos ensaios do gajo, assim a dar para o modernaço (Apocalípticos e Integrados é um título do caraças), mas os romances são uma estucha altamente evitável; são bons para ler na praia - dá um ar intelectual, são grossos pelo que duram as férias todas e pode-se fingir que se lê, enquanto se catrapiscam as curvas da vizinha.
8. Office Passo a Passo - houve uma altura em que me deu para comprar umas coisas de informática que explicam em 900 páginas aquilo que se pode fazer intuitivamente em 5 minutos em frente ao computador; mais tarde aprendi outras formas de abrasar dinheiro.
9. Como Cuidar do Coração e das Artérias, Frank W. Cawood - comprei-o (diz na contracapa que custou 3.780 escudos, o que quer que isso seja...) quando descobri que sou um candidato a morte macaca, fulminante, mas muito civilizacional; nunca li; a prevenção não é o meu forte.
10. Lista Telefónica de Lisboa -todos os anos confiro se ainda lá tenho o nome impresso (mais que prova de vida, uma prova de estupidez...); nunca mais lhe pego; ultimamente, a gata deu-lhe para achar que é um bom sítio para dormir. Um livro que mudou a vida... dela.