Pobre país (II)
De caminho, deixei os despojos de Natal na reciclagem.
O espectáculo aterrador das montanhas de lixo dos últimos dias refreou-me os ímpetos de zelo e os papéis, os laços, os plásticos, as garrafas ficaram a um canto.
Mas, três dias depois do Natal, e tendo sido despejados os contentores (estavam a meio...) o espectáculo mantinha-se. Junto ao vidrão, que estava a meio, repito, dois enormes sacos de plástico, a transbordar garrafas pelo passeio; os restos de móveis, roupas, o diabo a sete...
É óbvio que a culpa é do governo, da câmara, das autoridades em geral... Mas nunca, ah isso nunca, deste povo de incivilizados, javardos, desordeiros, feios, porcos e maus... Que mil ASAES floresçam, que venha a repressão policial... Este povo, já dizia o outro, não se governa, nem se deixa governar. Só à chapada...
O espectáculo aterrador das montanhas de lixo dos últimos dias refreou-me os ímpetos de zelo e os papéis, os laços, os plásticos, as garrafas ficaram a um canto.
Mas, três dias depois do Natal, e tendo sido despejados os contentores (estavam a meio...) o espectáculo mantinha-se. Junto ao vidrão, que estava a meio, repito, dois enormes sacos de plástico, a transbordar garrafas pelo passeio; os restos de móveis, roupas, o diabo a sete...
É óbvio que a culpa é do governo, da câmara, das autoridades em geral... Mas nunca, ah isso nunca, deste povo de incivilizados, javardos, desordeiros, feios, porcos e maus... Que mil ASAES floresçam, que venha a repressão policial... Este povo, já dizia o outro, não se governa, nem se deixa governar. Só à chapada...