Cash by Rubin


Os tempos andam tramados

Anda por aí uma pequena irritação com os textos de Patrícia Lança.
Que tanto esclarece que o felatio e a sodomia evitam eficazmente a gravidez, como logo alerta que a homossexualidade não é nada saudável. Compreendo-a, porém. Nos dias que correm, quem é que come e fica descansado com o que come?

[Também gosto muito da lista de links da Patrícia.]

Splash!!!

Parabéns.



Um problema clássico

Andava à procura de um livro sobre música clássica na Amazon (vi-o na Fnac, mas a um preço absurdo...) e, obviamente, ele lá estava.
Por baixo, o banner do costume: Costumers who bought this item also bought... E, em primeiro lugar na lista: Impotence: A Cultural History.
Acho que vou voltar à Fnac.

E você?

Já alguma vez lhe passou pela cabeça ser primeiro-ministro?

Tony Blair, na despedida de Downing Street, deixou umas dicas no Youtube [já agora, reparem na gravata do tóni aos 02:09...].

O Guardian sintetiza as cinco lições:

Lesson one: the key to coping with a demanding and unpredictable job as leader is to "compartmentalise". After all, you never know what's going to be thrown at you, sometimes literally (purple powder in the Commons chamber has been known).
Lesson two: the half-hourly weekly prime minister's question time is your opportunity to "mug up" on all the things going on under your watch, 'fesses our candid old-timer. And there we were thinking he knew it all off by heart.
Lesson three: get the "facts, facts, facts" behind you and not much can go wrong.
Lesson four: be prepared to work around the clock. "The hours are very long and probably not lawful under some working time directive or other," quips Mr Blair.
Lesson five: be prepared to be caught out by the enormity of the role at first, because nothing quite prepares you for it, not even being opposition leader (David Cameron take note).

Fio de ilha

Posted by Picasa

Take, make, drop, lead, set, reduce. Don't.





I like my songs to last as long as a Volvo. Thirty or forty years is what they used to advertise. It's a wonderful feeling if a song can be useful for a couple of generations.


That essential contract of soul to soul between humans has disintegrated and we're left with a very cruel alternative.

A good song, a good lyric, is a movie: it will just focus and calm and confer significance on this completely bewildering reality that all of us live in.

The moon stood still on Blueberry Hill
[resposta à pergunta: give one immortal line from a song. A canção foi imortalizada por Fats Domino. Diz Cohen: you just see that full moon suspended, you just want to gaze at it]

How do you like living with Beethoven?
[foi o que disseram a Cohen, quando, nos sixties, passou uns tempos com Joni Mitchell]

I have a very poor imagination, so I've always thought of myself as a kind of journalist just reporting from the field as accurately as I can.

Nobody has a life that worked ou the way they wanted it to work out. We all begin as the hero of our own dramas in centre stage and inevitably life moves us out of centre stage, defeats the hero, overturns the plot and the strategy an we're left on the sidelines wondering why we no longer have a part - or want a part - in the whole damn thing.

Lonely for your love and nothing less
Touch my heart and cure this loneliness
[apontamento para uma nova canção, redigido durante um voo para Montreal]

As apresentações

Leonard Cohen on love, war and the sacred art of songwriting.
Título de capa da Word para A Entrevista.

The Word

Não procurem mais... a entrevista da década está à venda em Lisboa, custa menos de 10 euros, oferece um CD e ainda tem anexa uma revista chamada The Word, cujo lema é Intelligent Rock on Planet Rock. Pudera...
Obviamente, a publicação regular deste blogue é de imediato interrompida e, nos próximos 384 posts, será feito um resumo das palavras do Senhor. Hallelujah!



Music is that enterprise that stops our mind from spinning.
Leonard Cohen, The Word, Julho 07

You say goodbye, I say hello

O Guardian conta, em 30 alucinantes segundos, o render de inquilinos no n.º 10 de Downing Street.
O novo site do Guardian é tão, tão bom, que até chateia.
Não percebo que raio de ideia lhes deu para fazerem o melhor site de notícias de todo o sempre e mais além... Que o truque seja a simplicidade é apenas mais uma razão para aplauso.





http://www.youtube.com/watch?v=GsinptPnPjA

Obama, Obama, Obama...

Hillary Clinton tem como hino de campanha uma canção (!?) de Celine Dion (!!!).

Mega instalação no CCB



Hey Joe, where you goin' with that gun in your hand?

Jimi Hendrix, sócio 867.789 do SLB, proprietário de 2% de acções da PT, madeirense emigrado noutro Eden, especialista em aeroportos, coleccionador de Budas, Buda ele próprio.

Undoing Bush

Já estão disponíveis online os artigos da série Undoing Bush: how to repair eight years of sabotage, bungling, and neglect, da edição de Junho da Harpers. Fundamental.

Redshoes

Custa três euros e, diz na capa, todas as receitas vão para o combate ao «flagelo da Info Exclusão» (!!!) promovido pela AMI.
O disco Novos Talentos FNAC 2007 vale bem mais que os três euros. Logo à terceira faixa aparece a Rita Redshoes e uma daquelas canções que apetece ouvir e reouvir e reouvir - Dream on Girl.
A Rita - coisas que um computador nos ensina (daí a infoexclusão, topam?) - já anda por aí com o David Fonseca (nota-se...), tem a tal Dream on Girl no My Space, um blogue cheio de boas influências, e uma pequena pérola de 47 segundos no You Tube. E ainda nem sequer começou...

SJ by Vuitton (4)


SJ by Vuitton (3)


SJ by Vuitton (2)


SJ by Vuitton (1)


From NYC to Aveiro

[how do you spell it?]

















A New Culture Takes Hold in an Old Fishing Town

[vale a pena folhear o slide-show]



This morning I looked out my window and found
A bluebird singing but there was no one around


[Congratulations, Travelling Wilburys (Dylan)]

Barcelona, 21 Junho 2007



Eles sabem lá o que dizem

Há momentos, na TV:
Amanhã é o dia mais longo do ano.

Letra miúda

Numa rua da Baixa, duas senhoras já com a sua idade interpelavam uma jovem de ar ingénuo. E apontavam com insistência, não para a Bíblia, mas para uma página específica de uma daquelas bíblias de folha leve e letra miúda. Deus, dizem, está nos pormenores. Diria, antes, que se esconde nas letras pequeninas. Como nos contratos. O que, obviamente, não me deixa nada descansado.

Pela porta grande

Eu não disse?



Sugestão musical



Greenwich, greenwich

Na Grã-Bretanha, melhor, no Reino Unido, começou ontem em Ascot a época de mostrar o chapéu
[este, talvez por deformação de formação, faz-me lembrar os Genesis...]


TMG quê?

Passa largamente da meia noite e a RTP passa um filme na Sessão da Noite. Lá para a uma e tal está programada a Sessão da Meia Noite. O que vale é que, daqui a pouco, recuperamos - às 10, a SIC Notícias tem a já tradicional Edição do Meio Dia.

Bus talk

Diz a velha, enquanto sobe para o autocarro, numa banal série de tv americana:
- A vida é uma rápida e estranha viagem. Ainda bem que todos temos lugar sentado...
São assim os dias que correm - todos filosofam e todos acham que têm o direito (ou será o dever?) de serem engraçadinhos.
[Já agora, alinhando na filosofice, sempre respondo à velha:
- Olhe que não, olhe que não... nem todos têm lugar sentado no autocarro da vida...]
Enfim, até parece que estamos no Natal, com paleio a condizer.




O elixir, finalmente

Há vários dias que as televisões estão a falar da morte de «uma jovem de 28 anos» num rio qualquer.

Bom...

se alguém me apresentar alguma coisa mais, digamos, forte, bela, radical, sei lá... estou disposto a conversar:

You are like a hurricane
There's calm in your eye.
And I'm gettin' blown away
To somewhere safer
where the feeling stays.
I want to love you but
I'm getting blown away
.

Oui, mais...


Furacão

Finalmente, alguém faz a pergunta que importa - qual o melhor Neil Young? Obviamente, quem quer que se atreva a fazer tal pergunta sabe à partida que não encontrará resposta. A vastidão da obra de Neil Young é porporcionalmente equivalente à sua indispensabilidade. Por miúdos - quanto mais escreve e canta mais imprescindível se torna. Só o tolos encontram em algumas fases algum cansaço, alguma repetição. Aquilo não é cansaço, não é repetição. É, ao contrário do que diz o outro, voltar ao local onde se foi feliz e... voltar a ser feliz again and again.
Feitas as ressalvas, tentemos então o impossível. No top do top de Neil Young coloco Like a Hurricane, uma canção onde se fundem com rara beleza as duas torrentes fundamentais da sua obra - o épico e o lírico. Lindo todos os dias... E, lá está, quanto mais longa a versão, melhor. Esta tem quase nove minutos. E que gozo é ouvir aquelas guitarras a entoarem hinos ao amor, uma e outra vez. E a impossibilidade - I want to love you but I'm getting blown away.





Once I thought I saw you
in a crowded hazy bar,
Dancing on the light
from star to star.
Far across the moonbeam
I know that's who you are,
I saw your brown eyes
turning once to fire.

You are like a hurricane
There's calm in your eye.
And I'm gettin' blown away
To somewhere safer
where the feeling stays.
I want to love you but
I'm getting blown away.

I am just a dreamer,
but you are just a dream,
You could have been
anyone to me.
Before that moment
you touched my lips
That perfect feeling
when time just slips
Away between us
on our foggy trip.

You are like a hurricane
There's calm in your eye.
And I'm gettin' blown away
To somewhere safer
where the feeling stays.
I want to love you but
I'm getting blown away.

You are just a dreamer,
and I am just a dream.
You could have been
anyone to me.
Before that moment
you touched my lips
That perfect feeling
when time just slips
Away between us
on our foggy trip.

You are like a hurricane
There's calm in your eye.
And I'm gettin' blown away
To somewhere safer
where the feeling stays.
I want to love you but
I'm getting blown away.

E a Kate Moss?

O que será feito da Kate Moss?


Pamela










Pergunta o Eduardo por onde anda Pamela Anderson. Procurei. E encontrei. Segundo a sua página pessoal, está quase a fazer quarenta, reside by the beach e, obviamente, está single como veio ao mundo (enfim, sejamos generosos, quase...). Todo um programa. Fossem assim (todos) os profiles do Blogger...

E, subitamente,

um dia que supostamente seria de quase Verão, torna-se um dia de ouvir Joni Mitchell.


Eu não disse?



Tá, tá bem

eu sei. Isto começa a tresandar a sexo. E que tal mudarmos de posição... perdão, de tema? Tá bem. A pedido das famílias, o próximo post, embora completamente pornográfico, não tem pinga de sexo (pinga de sexo, bela expressão, hei-de fazer um blogue com ela...). Não acreditam?

Com a língua

O Bandeira é um garganeiro (ah, as ganas que eu tinha de usar esta palavra...). Não lhe chega ter a melhor tira da imprensa portuguesa (demasiadas vezes subestimada...), como lhe deu para ter das melhores tiradas da blogosfera.
Pela mão (o respeitinho é muito bonito...) das womenageatrois dei de caras com este post. E só fico com uma dúvida - isso de não acertarmos com a língua é só para prolongar os preliminares, não é?

Tango-post













Nunca serão demais os posts que se escrevam sobre a Vaqueiro, a verdadeira, simples e genuína margarina. Não sei se repararam, mas a Vaqueiro tem agora novo visual, todo ele em verde BES, mais ecológico, mais primaveril, apetecível, saudável.
Enternecem-me estes produtos seculares que resistem às modas, aos cremes sintéticos para barrar, aos óleos de fritura sem colesterol, às vaselinas da era espacial. Está, pois, de parabéns, a Vaqueiro! E as imagens do site nem sequer me deixam mentir. Do ar malicioso delas na secção Ocasiões, ao par de tomates nos Passatempos, à... need I say more? na secção Mundo Vaqueiro. 'Bora?

You can Barack me tonight...









You're into border security
Let's break this border between you and me...
Universal health care reform, it makes me warm...
You can Barack me tonight...

[é de ir às lágrimas... obrigado Luís, sniff...]

Love is always worth another shot




A Causa Foi Modificada.




Breve

Este rapazola acha que me bate no toca-e-foge bloguístico. Bahh... não sabe com quem se mete!

[Eu não digo...? Lá está ele com post-scriptuns (tenho a certeza que esta palavra não se escreve assim...). E que post-scriptuns...]

Rescue

[Lucinda Williams, West, 2007]



He can't rescue you
can't pull the demons from your head
can't lull you from your sleepy bed
He can't rescue you

He can't protect you
from the powers that will be
the hours of insanity
He can't protect you

He can't change you
change the summers of your beauty
the thunderstorms within your purity
He can't change you

He can't carry you
past the door of every danger
every foe and every stranger
He can't carry you

He can't save you
from the plain and simple truth
the waning winters of your youth
He can't save you

He can't fix you
your tears will always leave their mark
from fears that stay inside the dark
He can't fix you

What can he do
but tie some ribbons in your hair
and show you that he'll always care
thats all he can do.

É só sexo

No Telejornal, acabam de anunciar que «o vai-vem está com problemas na reentrada».

[post inspirado na mais parva, logo deliciosa, polémica que por aí anda sobre o excesso de sexo (!) em certos e determinados blogues]

De facto

não vejo aqui nenhum dálmata.


Black power

A edição de Julho da Vanity Fair é dedicada a África e tem 20 capas diferentes, todas com a assinatura de Annie Leibovitz. Need I say more?


Os Unidos da Sé

Teclou o sms e ficou a sorrir sozinho. O tramado das private jokes é precisamente isso.




O complexo de amizade

George W. disse na televisão que tem uma «amizade complexa» com Putin.


Cars & girls (sinais dos tempos)

Nas páginas de Classificados, os carros são fotografados de frente e as meninas por trás.

Quick tanning automobile


O mundo aos 13











[D.]



Quitate de la ventana porque voy a suspirar,
mis suspiros son de fuego y te pueden abrasar,
que quieres de mi, que quieres de mi,
si hasta el agua que yo bebo te la tengo que pedir,
que quieres de mi, que quieres de mi,
si hasta el agua que yo bebo te la tengo que pedir.



[Zambra, Estrella Morente, Mujeres, 2006]

Elogio doméstico do capitalismo

O melhor par de peúgas que possuo comprei-o nos states.

Don't follow leaders, watch your parkin' meters

















Some people feel the rain. Others just get wet.

É o progresso

Há umas décadas, as novidades demoravam décadas a chegar ao burgo.
Agora, as novidades atravessam o Atlântico em duas semanas.

London lessons

Political parties will have to change radically their modus operandi. Contrary to mythology, political parties aren't dying; public interest in politics is as intense as it ever was. As the recent turn-out in the French election shows: give people a real contest and they will come out and vote.
But politics is subject to the same forces of change as everything else. It is less tribal; people will be interested in issues, not necessarily ideologies; political organisation if it is rigid is off-putting; and there are myriad new ways of communicating information. Above all, political parties need to go out and seek public participation, not wait for the public to be permitted the privilege of becoming part of the sect.
So, membership should be looser, policymaking broader and more representative, the internet and interactive communication the norm. Open it all up.

Do testamento político de Tony Blair (What I've learned), esta semana, na primeira pessoa, na Economist [controverso, especialmente na frente internacional].

Informação relevante


http://www.brucespringsteen.net/news/index.html

X rated

A voz feminina daquele anúncio a um banco:
Achas que tenho um gerente dentro de mim?